quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

GERALDO JOSÉ DA CÂMARA FERREIRA DE MELO


Geraldo Melo nasceu em Natal no dia 12 de julho de 1935, filho de Pedro Ferreira Melo e Almira da Câmara Melo.
                Trabalhou como jornalista até 1959, ano em que concluiu curso de planejamento do desenvolvimento econômico da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), na ONU. Membro do corpo técnico fundador da Superintendência para Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), entre 1959 e 1960, sob liderança de Celso Furtado, exerceu os cargos de vice-diretor do departamento de atividades econômicas básicas (Daeb) e diretor da assessoria técnica. Realizou curso de financiamento do desenvolvimento econômico do Centro de Estudos Monetários Latino-Americanos (Cemla), no México em 1961, ano em que fez estágios operacionais no Banco Mundial e no Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID). De volta ao Rio Grande do Norte, tornou-se, ainda em 1961, o primeiro secretário de Planejamento do governo do estado, durante a gestão de Aluísio Alves (1961-1966).
                Um dos sócios-fundadores da Administração Industrial e Planejamento (Adiplan) – criada em 1965 por um grupo de técnicos que deixara a Sudene – foi, também, o diretor brasileiro do Consórcio Internacional de Consultoria Técnica, integrado pela Adiplan e pela empresa inglesa Economist Intelligence Unit (EIU). Estas reuniram-se em uma terceira organização, chamada International Professional Consortia (IPC), que, por sua vez, contratou alguns serviços a serem realizados por outras empresas, entre as quais a Mitsou Consultants co., do Japão, além das inglesas Scott Wilson, Kirkpatrick and Partners e Fisheries Development.
                No início da década de 1970, a Usina São Francisco Açúcar e Álcool S/A e a Usina Ilha Bela S/A, ambas localizadas em Ceará-Mirim (RN) e clientes da Adiplan, haviam mergulhado em enormes dificuldades financeiras. Os credores dessas empresas recusaram-se a fazer composições com os antigos acionistas controladores, exigindo a mudança do controle acionário. Esse processo culminou na transferência do controle das duas empresas para a Adiplan, que elaborou um projeto de modernização empresarial prevendo a fusão das duas na Companhia Açucareira Vale do Ceará-Mirim.
                Em 1978, Geraldo Melo foi indicado pelo presidente João Figueiredo para integrar, como candidato a vice-governador do Rio Grande do Norte, a chapa encabeçada por Lavoisier Maia, lançada pela legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação ao regime militar instalado no país em abril de 1964. A chapa foi eleita pela Assembléia Legislativa e empossada em março de 1979. Com a promulgação da nova lei orgânica dos partidos em dezembro daquele ano, que extinguiu o bipartidarismo, e a posterior reorganização partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS).
                Em 1983, transferiu-se para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). No ano anterior, o PMDB sofrera uma grande derrota no estado, em razão da eleição com voto vinculado. Discordando dos rumos do processo político, renunciou ao mandato de vice-governador e apoiou a candidatura peemedebista de Aluísio Alves de oposição ao governo do estado. Após a derrota nessa eleição, alguns dos fundadores do PMDB convidaram Geraldo Melo para assumir a presidência regional da legenda. Aceitando o convite, comandou em 1984 a campanha pela aprovação da emenda Dante de Oliveira, que, apresentada na Câmara dos Deputados, propôs o restabelecimento das eleições diretas para presidente da República em novembro daquele ano. Como a emenda não obteve o número de votos indispensáveis à sua aprovação – faltaram 22 para que o projeto pudesse ser encaminhado à apreciação pelo Senado –, Geraldo Melo apoiou Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, reunido em 15 de janeiro de 1985, que foi eleito novo presidente da República pela Aliança Democrática, uma união do PMDB com a dissidência do PDS abrigada na Frente Liberal. Contudo, Tancredo Neves não chegou a ser empossado na presidência, vindo a falecer em 21 de abril de 1985. Seu substituto no cargo foi o vice José Sarney, que já vinha exercendo interinamente o cargo desde 15 de março.
                Nas primeiras eleições municipais diretas em novembro de 1985, Geraldo Melo apoiou a candidatura vitoriosa de Garibaldi Alves Filho, com quem viria a romper politicamente em 1998, à prefeitura de Natal.
                No pleito de novembro de 1986, elegeu-se governador do Rio Grande do Norte, na legenda do PMDB, com o apoio do então ministro da Administração Aluísio Alves, superando João Faustino Ferreira Neto da coligação composta pelo PDS, Partido da Frente Liberal (PFL) e Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Permaneceu à frente do governo até março de 1991, ao final do mandato.
                Ingressou no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1993, elegendo-se, pouco depois, presidente regional do partido. No pleito de outubro de 1994, candidatou-se a uma cadeira no Senado na legenda do PSDB. Eleito, com base eleitoral em Natal e Ceará-Mirim, iniciou mandato em fevereiro do ano seguinte.
                Em abril de 1995, o jornal Folha de São Paulo publicou lista dos devedores inadimplentes do Banco do Brasil, em que constava o nome da Companhia Açucareira do Vale do Ceará-Mirim, de sua propriedade. Geraldo Melo confirmou à imprensa que fizera um empréstimo durante o governo do presidente Fernando Collor de Melo, mas garantiu que o banco não teria motivos para se preocupar, pois o valor avaliado da empresa seria muito superior ao empréstimo. No mês seguinte, a revista Veja publicou que Geraldo Melo mandara construir em 1990 um campo de pouso nas terras de sua fazenda em Ceará-Mirim, alegando que a pista serviria para o Aeroclube de Natal, promessa que não foi realizada, uma vez que a propriedade foi hipotecada ao Banco do Brasil.
                Em julho do mesmo ano, o senador apresentou emenda constitucional sobre a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias (Icms) em operações interestaduais de venda de petróleo e energia. Segundo Geraldo Melo, os estados produtores, concentrados em regiões menos desenvolvidas do país, seriam prejudicados pela proibição de arrecadação da receita, competência exclusiva dos estados consumidores, localizados em regiões mais ricas, consagrando-se, dessa forma, um mecanismo de transferência permanente de renda das regiões menos favorecidas para as mais favorecidas.
Geraldo Melo foi também sub-relator do projeto Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), voltado para o monitoramento do espaço físico da Amazônia Legal brasileira mediante um sistema integrado de radares e sofisticados equipamentos de comunicação, meteorologia e sensoreamento remoto. Vencido por um consórcio liderado pela firma norte-americana Raytheon, o processo fora posto sob suspeição após várias denúncias de superfaturamento, corrupção e fraudes contra a previdência social, envolvendo a participação do Ministério da Aeronáutica, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, da embaixada brasileira nos Estados Unidos, bem como de empresas nacionais e estrangeiras. O senador foi surpreendido em dezembro com a notícia, em seguida desmentida, de que seu telefone estaria “grampeado”.
                Membro das comissões de Assuntos Econômicos e de Relações Exteriores, votou a favor da quebra do monopólio dos governos estaduais na distribuição do gás canalizado, do monopólio das telecomunicações e da Petrobrás na exploração do petróleo, do fim do conceito de empresa nacional, e da prorrogação da vigência do Fundo Social de Emergência (FSE).
                Eleito primeiro vice-presidente do Senado em fevereiro de 1997, em maio votou a favor da emenda da reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos e, em março de 1998, pronunciou-se favoravelmente à quebra da estabilidade do servidor público, item da reforma administrativa. Em fevereiro de 1999, reelegeu-se vice-presidente do Senado para o biênio 1999-2001.
Em 2002, candidata-se a reeleição porém termina o pleito em 3° lugar, atrás dos eleitos GARIBALDI ALVES FILHO   e  JOSÉ AGRIPINO MAIA . Em  2006, candidata-se mais uma vez ao Senado pelo PSDB termina o pleito novamente em 3°lugar atrás da eleita ROSALBA CIARLINI  e do 2° colocado FERNANDO FREIRE. Desde então Geraldo Melo não disputou nenhum cargo eletivo, até 2018 quando resolve disputar as eleições para concorrer uma vaga a senador pelo PSDB  , das duas em jogo, Pela coligação Trabalho e Superação, Geraldo Melo senador 456 e ROBINSON FARIA  governador 55, em toda sua eleição Geraldo falou das suas mãos limpas, que "é preciso mexer na lei", que ele saiu da cadeira para ajudar o BRASIL . O Tamborete como é conhecido não obteve exito ficando em 3° lugar atrás dos eleitos CAPITÃO STYVESON VALENTIM  (Rede) e  SENAIDE MAIA mas a frente do Ex-governador e candidato a reeleição para o senado GARIBALDI ALVES FILHO (PMDB)
No plano empresarial, Geraldo Melo participou ainda de outras iniciativas, tornando-se um dos principais acionistas do Natal Shopping Center.
Casou-se com Maria Edinólia Câmara Melo, com quem teve cinco filhos.

MÁRCIA CARVALHO/VÍTOR GOMES


FONTES: Estado de São Paulo (19/7/95); Folha de São Paulo (21/4 e 12/12/95; 29/9/98); INF. BIOG ; NICOLAU, J. Dados; SENADO.  Dados biográficos  (1995); Veja (18/3 e 9/9/87; 17/5/95
FONTE – FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, WIKIPÉDIA e INTERNET

MARIA EDINÓLIA CÂMARA DE MELO

Natural de Ceará Mirim, nascida no dia 23 de março de 1940, filha de Jerônimo Câmara e de Maria Ester de França Câmara, casada com Geraldo Melo

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JERÔNIMO DA CÂMARA FERREIRA DE MELO

JERÔNIMO DA CÂMARA FERREIRA DE MELO
FILHO DE GERALDO MELO

DANIEL FERNANDES FERREIRA DE EMELO

DANIEL FERNANDES FERREIRA DE EMELO
NASCIDO EM 08/03/1991, NETO DE GERALDO